A nova divisão internacional do trabalho, conjungada com a nova economia política "pós-mercado" trouxe também algumas importantes mudanças para o sistema mundial moderno. Por um lado, os Estados Hegemónicos, por eles próprios ou através das instituições internacionais que controlam ( em particular as instituições financeiras multilaterais), comprimiram a autonomia politica e a soberania efectiva dos Estados periféricos e semiperiféricos com uma intensidade sem precedentes, apesar de a capacidade de resistência e negociação por parte dos últimos poder variar imenso. Por outro lado acentuou-se a tendência para acordos políticos interestatais (UE, NAFTA, MERCOSUL).
O Estado - nação parece, assim, ter perdido a sua centralidade tradicional enquanto unidade priveligiada de iniciativa económica social e politica. A intensificação de interacções que atravessam as fronteiras e as práticas transnacionais corroem a capacidade do Estado - nação para conduzir ou controlar fluxos de pessoas, bens, capital ou ideias, como fez no passado.
Uma análise mais aprofundada dos traços dominantes da globalização politica que são de facto , os traços de globalização politica dominante- leva-nos a concluir que subjazem a esta 3 componentes do Consenso Neoliberal : o consenso do primado da direito e do sistema judicial.
O consenso do Estado fraco consiste na ideia que o Estado deve intervir o menos possível na sociedade civil, principalmente, na esfera do mercado. Isto dá ênfase à privatização e à redução dos gastos públicos.
O consenso de democracia liberal visa dar ideia de que a liberdade económica se associa à liberdade politica, tanto temos que ter mercados livres como eleições livres.
Só cidadãos livres é que têm vontade para competir e maximizar os lucros.
O consenso sobre o primado do direito e do sistema judicial é uma das componentes essenciais da nova forma politica do Estado e é também o que melhor procura vincular a globalização politica à globalização económica .
Para o mercado funcionar de acordo com o que é imposto pelo capitalismo têm de ser criados quadros legais (leis) e tribunais que favoreçam o desenvolvimento do capitalismo .